nova tentativa....

Me associei a nova empresa. Fechamos acordo na sexta feira passada. Muita festa, fotos e comemorações pelo novo momento de todos.

Ao chegar em casa fiquei pensando nas patologias de nós humanos. Criamos grandes expectativas nas novidades, os dias vão acontecendo, o tempo vai passando e quanto mais conquistamos mais queremos. A insatisfação é plena. Em todas as áreas profissional e pessoal.

Estava mandando emails para apresentar minha nova empresa...parei e deletei...imaginei receber a cada dois meses o email de profissional se apresentando....pensaria...o problema é dele não das empresas lógico...deletei rapidinho. Vou esperar mais um pouco e ver o que acontece.

Espero que consiga coordenar todo esse processo. Por horas me sinto velha e questiono.
No domingo em uma caminhada me senti muito angustiada, como nunca, vejo meu pai hoje com 86 anos, isolado em seu quarto, quando foi um dos executivos mais influentes de sua época. Peço a meus filhos que me coloquem em um asilo, lá as pessoas falarão o mesmo que eu e terão os mesmos problemas. Sou orgulhosa, sempre fui independente em excesso.....sei que sofrerei neste final tão próximo.

Senti medo...não da morte mas do sofrimento iminente

Até quando a relação é real ?

Estou em uma relação há mais de 37 anos. Tivemos três separações, três filhos.

Hoje ele me mandou um texto que defendia a tese que todos os relacionamentos terminam e que não precisamos nos sujeitar a relações que não nos fazem feliz.

Concordo e disse a ele que havia entendido o recado. Desde nosso inicio ele defende uma relação aberta, onde se tem liberada as relações fora do casamento. Todas as discussões com esse foco respondo que não aceito, seria uma agressão e sugiro nos separar. Ele não quer e a conversa acaba, o tempo passa até sua próxima crise.

Para mim o casamento é uma relação e nela existem problemas como em todas as relações que mantemos. O amor vai mudando com os anos. Amo meu marido, hoje viveria muito bem sem ele, sinto-o como um irmão.

Não sou moralista nem pudica,  para mim viver uma relação homem x mulher precisa haver um acordo entre as partes e  o tempo pode sim ser um grande parceiro. A duração ? fica a critério das expectativas de cada um.

Viveria com ele até meus últimos dias, tranquilamente. Meus anseios para a velhice tão próxima é uma boa companhia, um bom vinho, uma boa conversa. O desejos mudam suas formas mas acredito que sempre existirão.

Nossa cultura nos incute a busca incessante do prazer, que é impossível quando o prazer egoísta prevalece. Para tanto a solução é viver sozinho como muitos optaram e estão bem...é uma escolha.

Acredito que isso não precisa ser um melodrama, convivemos com pessoas muitos anos e nos separamos quer seja no trabalho, na familia....na vida. Nos entristecemos simplesmente isso.

Respondi sobre suas posições.... Terei um novo relacionamento.

                           GAME OVER

Andrômeda....

A NASA divulgou esses dias a Galáxia de Andrômeda. Um vídeo maravilhoso, com imagens espetaculares.

É impressionante o quão somos pequenos nesse universo que mal conhecemos.

Adoro observar, nunca tive a oportunidade de observar o céu, sempre tive o desejo. mas por receio evitei as oportunidade por acreditar que nunca mais conseguirei olhar o ser humano da mesma forma.

Deveríamos ser educados, aprender desde cedo o que representamos no universo, possivelmente atingiríamos um grau de humildade que contribuiria na vida em sociedade absurdamente.

Ao assistir o vídeo fui tomada por uma sensação de insignificância, aqueles problemas enormes se transformaram em nada, aquelas tristezas ficaram sem sentido, os desejos se mantiveram, os sonhos também.

Comentei com amigo que tem, segundo ele, um poderoso telescópio que chamo de seu brinquedinho pois é seu lazer. Onde mora tem a possibilidade de contemplar essa magnitude do universo. Ele me escreveu que a vivência é indescritível.

Fim do oportunismo? será?

Hoje acordei discutindo o motivo que leva o ser humano a não saber ser "respeitado" e abusar das pessoas que emitem condutas corretas. Sim corretas.

Ouvir de terceiros que os profissionais que trabalham com você cantam aos quatro cantos que voce é boazinha, que trabalhar com voce é muito fácil, que você não desconta quando faltam...etc,etc,etc

Não sou e nunca fui boazinha, trato as pessoas como deve-se tratar, com respeito. Quando trabalhamos juntos precisamos entender as necessidades do outro, suas características. Entendo que as hierarquias existam por grau de formação, que muitas pessoas não têm acesso, e capacidade/potencial. Deveria ser assim em todos os lugares.

Em minha vivência encontrei muitos profissionais que pensam e trocam com responsabilidade. Estes me consultam até hoje após muitos anos distantes. Outros se acham espertos, chamo-os de "espertinho Coca-Cola", nem sei ao certo o por que os denominei assim.... reinam a acreditam estarem sendo espertos, mas quando perdem o emprego se fazem de vitimas e processam.

A Lei brasileira é maternalista, encontro muitos juízes hoje que sabem dá má intenção de muitas pessoas e mesmo seguindo a lei não beneficia esses oportunistas.

Encontrei vários desses em meu caminho. Cruzarei com vários após o dessabor de te-los conhecido. De alguma forma continuam a emitir esse comportamento. Alguns começam a trabalhar e no mesmo dia guardam provas para seu processo trabalhista.

Recentemente vi um advogado defendendo seu cliente que foi condenado com provas inquestionáveis e me perguntei...."será que esse profissional não se preocupa com seu ato, mesmo legal.
Que seus filhos vão crescer em um meio onde o erro é defendido? ".......

Hoje vejo que o mundo criou regras, normas, leis que não se adequam a nos seres humanos e nossas características emocionais. Me recuso a acreditar o que as teorias citam...."o ser humano só aprende com o sofrimento"....os fatos me levam até a pensar ser verdade mas nunca mudarei minhas condutas e finco minha crença em Darwin  torcendo para sobreviver os que respeitam as diferenças e não os oportunistas, independente das leis que nos regem........

Desejos

Sou ainda uma mulher com desejos. A idade e a cultura atual da beleza nos desprestigia. Nunca me preocupei com moda.

Em minha formação nos graduávamos também em antropologia, assunto que me ensinou a entender e aceitar as diferenças como simplesmente diferenças sem nenhum outro valor moral ou ético dentre outros.

Li que em tribos o homem mais velho, não se fala em idade, vira conselheiro ou xamã e a mulher ensina, dentre várias coisas, o sexo aos mais jovens.

Tenho duas ponderações a nos mulheres mais velhas....a beleza física/idade e a sexualidade...dois tabus dessa civilização aos mais velhos que nos entristecem e nos faz velhos totais.

Já li que o desejo é elaboração da civilização que resolveu pensar. Que sexo, além da defesa de algumas religiões, fisiologicamente falando tem exclusivamente a proposta de procriar.
Li também que a vida é curta e devemos aproveita-la ao máximo com prazer....logo comer e fazer sexo.

Tenho como principio o respeito em todos os tipos de relações que tenho. Entendo que devo respeitar os valores das pessoas com quem me relaciono.  Sempre vi, profissionalmente,  as consequências de atos condenados moralmente pela sociedade nas condutas dos filhos, gerando grandes desvios.

Aos quase 60 sei que meu corpo tem desejos, que minha mente sonha com prazeres e quando acordo vivo tentando descobrir onde fica a razão.....

Será ingratidão ?

Minha vivência me mostrou que ninguém conseguem amar duas pessoas no mesmo status. O que as religiões pregam sobre o amor não funciona direito.

Temos a necessidade de eliminar a figura anterior para curtir a nova, a novidade. Isso desde os brinquedos quando crianças, na adolescência as amizades, no trabalho o chefe ou o diretor é o carrasco o outro é bom; quando  casamos uma das famílias, a do marido ou a da mulher, fica distante.....e assim vai...

Parece que precisamos ter sempre Deus e Diabo convivendo em todas nossas relações. Seriam parâmetros para realmente reconhecer quem é bom e quem é ruim?

Precisamos considerar que ser bom e ser ruim é arbitrario pois depende das necessidades do outro. O que é bom para você pode não ser bom para mim...o inverso também é valido.

Quem já não ficou de lado ? quem já não se sentiu desprezado ? dependendo da intensidade do relacionamento é muito triste.

Hoje e, essa não é a primeira vez, sou deixada para o segundo escalão. Entendo perfeitamente a necessidade de me deixar como passado para conseguir viver a atual realidade.

A sentimento é de tristeza, uma tristeza que assola a alma e não existe consolo. Você volta para si e questiona os motivos.....nunca descobriremos por ser a necessidade de outro e o que ele emite são agressões para afasta-lo sem o confronto com a realidade.

Não vejo como ingratidão, acredito ser fraqueza, medo.

O comprometimento com um sentimento é para poucos. Precisa ser muito forte para se entregar sabendo que a perda é um fato e que a vida continua.

o que temos para hoje?

De meus posts os mais lidos são os que abordam felicidade, frustrações, desistências, etc,etc....

Sentimentos que nos acompanham e buscamos freneticamente nesta fase de desenvolvimento de nossa espécie.

Sou feliz? Sou.
Tenho desejos de desistir de tudo? Sim e muitas vezes.
Tenho tudo o que quero? Não e nem próximo a isso.

Falo aos que classifico como " românticos" que a vida é um grande desafio, viver é conseguir ter suas necessidades básicas satisfeitas lutando para conquistar momentos de prazer....prazer? Cada um tem sua forma  para encontrar a realização de seus desejos que ficam acima de suas necessidades fisiológicas ....só precisam ter a consciência e respeito pelo outro para adquiri-lo.

O maior desafio é entender que a tal "felicidade"  não esta na busca incessante do prazer egoísta e inconsequente como os adolescentes.

Nossos "mais velhos" de hoje se recusam a envelhecer, se transformaram em eternos adolescentes,  quando deveríamos ser modelos ás novas gerações. Conquistamos exatamente ao que a sociedade nos impôs......sucatas inconvenientes e inconsequentes...eternos insatisfeitos!

Não sei nem tenho idéia de qualquer sugestão sobre esse e qualquer outro assunto que dificultam nossa existência. Minhas ações se balizam em meus limites nas relações, respeito as opções alheias, sobrevivo.....juro que encontro e já encontrei vários momentos de felicidades e prazer....acreditem

Diferenças humanas

Li recentemente que nós seres humanos somos a espécie que mais se adapta no mundo. Somos recicláveis.

Entendo que esta característica se mantém também em nossas condutas pois observo pessoas mudarem de opinião, não por terem analisado ou estudado o fato mas, pelo poder de barganha dos que visam beneficios próprios e não medem esforços para trazer adeptos mesmo que precise compra-los.

Quem seria o carrasco que julgaria o indivíduo que trocou seu voto por uma cesta básica ou por uma prótese quando não tem dentes? Qual medida de valor usaria? Qual valor é o sensato?

Não sei....

Atualmente questiono todas as normas e regras que fui educada e aprendi como certas.

Quem as criou? Onde se balizou para saber se me atendiam?

Concordo que deva haver normas para conseguimos viver em sociedade mas devem se adaptar de tempos em tempos acompanhando nossa realidade.

Estamos muito aquém de entendermos e sabermos .... temos 12% de nossas capacidades mentais funcionando contra 88% de nada sabermos.

Quem sabe mesmo o que é melhor para o povo?

Ser avó

Estou vivenciando meu novo papel...ser avó.

Os dias passam e aprendo, ou tento aprender, a desempenhar a nova função. Não é fácil....

O mais difícil é você conhecer um pouco mais sobre a vida que sua filha, mãe da ainda bebê, e saber as consequências das ações que ela vem emitindo junto a sua filha, minha neta..

Por momentos apelo a meu diploma e digo....."não é minha opinião, foram meus estudos e vivência. Ao menos preste atenção e pondere tuas atitudes "... algumas vezes parece que dá certo.

Hoje olhei para minha neta senti vontade de chorar, não sou muito boa  no papel de chorar além de achar piegas o sentimento de "dó" e "pena"....vejo como menosprezo, desrespeito ao outro ser, mas foi esse o sentimento que tive e meus olhos marejaram.

Sei que a vida é cruel e se não encontrarmos ao menos um lugar que nos acolha, nos aceite como somos, nos respeite para conseguirmos ser "Feliz" por momentos.....passaremos a vida no que alguns citam como purgatório e onde outros enlouquecem.

Hoje entendo a razão de sermos mãe bem mais cedo a minha idade atual.....se tivesse o conhecimento que tenho hoje sobre a vida nunca traria a esse mundo um novo ser....seria, a meu ver, insanidade, injustiça, egoísmo.