Sou eu.....

Assumo ser minha total responsabilidade todas e quaisquer  palavras e atos que emito.
Não posso ser responsabilizada pelas interpretações que fazem de minhas palavras e atos.
Minha espontaneidade, as vezes cruel, me permite liberdades que poucos ousariam.
Nunca me preocupei ou me preocuparei com o que pensam de mim.
Não sei bajular.
Evito pessoas egoístas.
Se me chamam de altruísta é por que não encontraram outra definição para minha forma de viver.
Amo sem egoísmo sei compartilhar por saber que nada é meu.
Minha presença incomoda muitas pessoas, sou um confronto ao modo que vivem.
Não sou modelo para ninguém. Não tenho nem quero ter razões.
Errei e acertei diversas vezes. Se me arrependi alguma vez? Não, nunca.
Tenho constantemente pressentimentos ou Déjà vu se preferirem.
Sei ser mulher com todos os desafios que enfrentamos e adoro.
Nunca precisei estar/ficar com alguém, sei estar comigo e adoro companhia.
Meus valores são regidos pela ética da essência humana.
Adoro viver, amo as pessoas e aceito-as como são. Quando me atrapalham informo ou mudo minha rota.

Se me acho certa? Nunca tentei ser....

É só querer

Pode parecer piegas mas hoje tenho certeza que pessoas mudam.
Sou intransigente com grosserias, entendo que não sou deposito do lixo alheio e nem nunca me coloquei á disposição para sê-lo.
O fato de ser complacente, compreensível, tolerante, amiga, não dá o direito de mais coisas além do oferecido.
Sou voluntária da vida, entendo que temos desafios constantes e alguns momentos de prazer....que podem ser denominados por felicidade.
Acredito que felicidade, prazer, tristeza, infelicidade são cíclicos em nossas vidas.
Se acreditarmos exclusivamente na felicidade viveremos a tristeza todos os dias , o contrario , viver só a tristeza.....seremos só tristes sem ver a felicidade quando passar.
Tiro de cada momento da vida seu melhor lado, não significa otimismo, entendo que viver é difícil não preciso dificultar ainda mais.
Quando damos a oportunidade ao outro de entender que as relações  envolvem historias, expectativas diferentes e para a convivência ser construtiva....ambos têm que ceder.......assim evoluímos.

Quando desistir.....

Há dez anos ouço e leio um amigo comentar sobre suas dificuldades com seu tempo á vida pela demanda que sua carreira lhe impôs.

Várias vezes respondi a ele que não era falta de tempo e sim medo de olhar a vida e se desgovernar no prazer, sim perder todas as certezas e garantias que a profissão lhe oferece.

Viver é muito difícil, acredito ser o maior desafio da humanidade. Penso que as dificuldades surgem nas tentativas de nos relacionarmos , nas trocas. Quando receamos a frustração fica a opção de nos isolarmos nas certezas e garantias das relações superficiais. O sucesso profissional é o campo mais fértil para essa angústia.

Sinto hoje que devo respeitar e deixa-lo em sua escolha. Não sei quem esta certo, sou seu oposto.

Pena que ele em seu radicalismo nos afaste. Entendo que quando surgem condutas indevidas, grosserias em uma relação a melhor opção é o afastamento.

Em toda e qualquer relação deve haver um consenso e respeito. Não existe sentimento que resista a agressividades desnecessárias mesmo que sejam visivelmente por medos......

"Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais"

Como Belchior escreveu e a voz de Elis Regina,

nos en-cantou ..... Nada muda...

Ontem tive uma discussão com minha filha, como sempre e após esses contratempos em minha vida, faço uma análise crítica.

Vi claramente minha relação com minha mãe ao nascer minha filha.
Relembrei episódios idênticos,respeitando a época e suas características.

Hoje pela manhã falei a minha filha o que havia pensado. Vi em seu rosto um alívio, menos culpa pelo massacre que havia feito na noite anterior.

Entendi a postura de minha mãe que até hoje me magoava ao lembrar.

Sugeri a minha filha que tentasse não repetir a ação por ser triste e deixei no ar a questão.....serão esses incidentes um ritual de passagem filha /mãe ?

A intransigência e eu

Perco a razão, perco a lucidez, valores que norteiam quase que a totalidade de minha vida....os motivos.....injustiças em todos os graus e formas.
Já parei carro na rua quando vi o pai batendo em seu filho. Parei viatura da rota por estarem abordando com violência física pessoas pobres. Fico totalmente cega sem conseguir mensurar possíveis consequências
que possa sofrer.....

Recentemente um carro dessas telefonias além de me fechar, levou com ele a frente de meu carro e fugiu.....fui atrás buzinando até que parasse. Ele parou, desci do carro,nada falei, fotografei ele, seu carro e placa, entrei no carro e sai. Na tarde desse dia recebi ligação de ameaça em minha casa....
 
Hoje minha filha esta amamentando e seu bebê tem alergia a leite . Todos familiares sabem o conteúdo de todos os produtos industrializados.
Compramos biscoito que no rotulo não constava leite....mas havia rastros de leite.
O bebê está há 15 dias sofrendo as consequências da irresponsabilidade da empresa.

Quando nós brasileiros poderemos reclamar por nossos direitos sem sofrer sanções, ameaças?

Deveria citar os nomes das empresas mas tenho receio.....

Entrei em contato com as empresas e aguardo retratações.

Mediação

A vida toda fui independente. Nunca precisei pedir nada a ninguém. Sempre optei em não pedir ou aceitar ajuda/favor....todo ser humano espera retorno em suas "caridades" e a moeda de troca sempre sai muito cara.

Nunca aceitei presente de cliente, devolvia, agradecia, pedia desculpas e sugeria fazermos negocios, assim minha renda aumenta e eu compro o que quiser.

Acho que meu excesso de orgulho me fez atuar assim.....e....agora....estou pagando caro.


Minha idade hoje, nesta sociedade, não nos dá muitas oportunidades. Nos transformam em produto supérfluo.

Vejo amigos que optaram por carreiras públicas, esses estão bem e são absorvidos pela competência e não pela idade como meu mercado o faz.

O único conforto que tenho é o reconhecimento dos que trabalharam comigo em todos esses anos.

Sei que não existe mais espaço alem de me transformar em consultora, o que não quero.

Vou retomar minha profissão de formação em uma área que sempre cumpri nas empresas que atuei...MEDIAÇÃO !

Arrogância

O que me leva a pensar que minha experiência e conhecimento são referência da verdade.

Tenho vivido uma grande angustia em ser avó. Estou acompanhando todos os passos desde o nascimento de minha primeira neta. Qual problema? minha relação com sua mãe....acho!

Já não durmo com elas há três dias,  passo só parte do dia. Por azar a segunda babá teve problemas e esta se ausentando, fui chamada a voltar. Hoje cheguei, por compromissos, ás 11.30h, fui recebida com várias pedras.....quase voltei de onde havia saído com pressa para atende-la.

Acredito ter estimulado nela algum sentimento que faz com que ela aja assim comigo ou simplesmente o papel de ser sua mãe é o suficiente. Ela fica todo tempo pedindo minha opinião para depois falar que só a julgo e me oponho. Para não ser injusta pedi a meu marido/seu pai, e ao outro filho/seu irmão que prestassem atenção e me falassem o que estava acontecendo, eles  me endossaram na percepção.....em momentos tenho a sensação que ela me odeia....mas depois de algumas horas tudo acaba e ela volta a ser uma filha adorável....pode ser para se impor como mãe e não mais como filha...

Olho o bebê frágil e vulnerável a essa relação, vejo que minha presença não esta sendo boa e que seria melhor que não viesse......ela/filha implora que fique....fico, calada!

Mas e se ela estiver certa e toda minha visão sobre suas condutas de mãe com o seu bebê estiverem erradas ? Pode ser.....por isso me calo.

Disse a ela que ser mãe é passar as experiências adquiridas na vida a seus filhos acreditando serem certas. Nunca me achei dona da verdade e sempre sugeri que ouvissem e ponderassem o que falo antes de concluírem e agirem.

Será que estou cega, cometendo erros crassos sem perceber?

De quem será a arrogância ?

era esperado....nenhuma surpresa

Aconteceu o que já sabia.

Pela primeira vez em minha história profissional fiz diferente, dei oportunidade, respirei antes de responder, aceitei as imposições.....agi fora de meu modo convencional....

Se funcionou? Lógico que não. Muitas pessoas tem o hábito da gestão por imposição e mandos, se fascinam com o poder sobre o outro e esquecem de focar onde realmente é necessário, a empresa. Parece que nunca vai mudar.....

Aceitei o convite de trabalhar com ele, há mais de 1 ano que vinha me convidando mas, era esperado o resultado.

Durou três semanas...uma eternidade para mim. Acreditei que não mais existissem pessoas assim.....achei que só nos clássicos de 1920. Pior de tudo foi ver jovens aceitarem em silêncio pela necessidade do emprego....escravizados....foi antes de tudo muito triste.....

Terminei com uma conversa interessante, pouco amigável. Vi na postura de sua voz, como no chefe anterior, uma sátira sobre minha condição.

Ao conversar com algumas pessoas sobre esses fatos, ouço...."mas você precisa do dinheiro"...... acredito que meu olhar responda a colocação pois não uso palavras e a conversa termina nessa frase. Não julgo os que se submetem por dinheiro.

O dinheiro é uma ferramenta que me serve, ele é  simplesmente o resultado de meu trabalho.

Eu.... conto....

Hoje pela manhã e após 59 dias dormindo na casa de minha filha com minha neta informei pela terceira vez que quero minha alforria.

Ela, a mãe, minha filha me olha desesperadamente e pede para ficar mais algumas noites....lógico que cedo. tudo bem que estou a cada dia mais acabada. Um querido amigo viu uma foto minha...disse que estou com expressão cansada....isso é o obvio, o que estou mesmo é velha.

Falei a minha filha que dormir com minha neta é delicioso. O difícil é atura-la e todos os adultos com quem convivo. O pai do bebê, meu genro, hoje me perguntou se tenho vida própria, que esta preocupado pois nesses quatro anos que convivemos nunca me viu fazendo nada além de atender a todos...por saber que amo viajar disse que me levará a todas as viagens que fizerem. Agradeci e respondi que não vou, continuaria a atender.....

Não me arrependo de nada que fiz, repetiria tudo novamente simplesmente pelo resultado que tive. Falei a nova mamãe para não me usar de modelo, o que vem fazendo, pois errei no exagero em ser mãe.

Agora farei carreira solo....me quero. Vou ficar comigo. Se não gostar do que vou ver....volto!....hahahah

Será que só errei ?

Momento muito difícil.....questionando se minhas posturas, condutas,  ética e moral são e foram certas, coerentes. Fazer isso aos quase 60 é complicado.... Mas como fazer antes?

Pensei em retomar a carreira de Psicóloga , fui consultar meu mentor.... ouvi que sou covarde. Que sou ótima em tudo que faço mas quando se trata de mim.....estagno, me acovardo, desisto.
Ele esta certo.....a vida toda me dediquei ao servir...disfarcei com o altruismo que foi se instalando fazendo com que as pessoas me classificassem como Madre Teresa de Calcutá dentre outras figuras lendárias com esse cunho.

Reconheço que minhas condutas e posturas se assemelham a deles. Desconheço o que esses ícones sentiam, só seu que eu sinto raiva dentre toda gama de sentimentos menos nobres que me classificam simplesmente como humana.....logo fico longe em ser um ser divino. Quando comparada falo a frase celebre....."Senhor, eu não sou digna  que entreis em minha casa mas dizeis uma só palavra e serei salva".....

Ensaio, pela primeira vez em minha história, me dar atenção. Quero descobrir qual é o prato que gosto, que lugar gostaria de conhecer, o que quero fazer hoje, com quem quero viver meus últimos dias......vou usar, aplicar todos os pronomes possessivos....exercitar o egoísmo.....parar de me enganar e ser humana.....

quando a ética e escrúpulos são moedas sem valor.....

Estou realmente me sentindo mais velha, pode ser defasada também.

Sai da empresa que trabalhei quase 10 anos por entender que meus valores não mais estavam alinhados. Como aconteceu? Como reconheci o fato? Foi simples....

Pela primeira vez sob minha gestão o dono da empresa contratou um profissional sem que eu soubesse ou contratasse. Fui simplesmente convidada para ser apresentada. O discurso dele para mim...."contratei para te ajudar".

As primeiras palavras que ouvi da profissional contratada..."não vou me reportar a você e vim para resolver todos os problemas da empresa".....OK! pensei ..se tem problemas fui eu que os criou...rs

Já no segundo mês de atuação nada havia mudado, nas reuniões semanais os problemas eram levados por mim e, aquela que era a portadora da solução a todos os problemas da empresa, se abstinha ate de opinião...quando saiamos da sala eu questionava sua conduta e ouvia..."sou nova na empresa não posso me expor, voce entende!"...

A que se dizia ser profissional e ia consertar tudo começou a me atropelar junto aos clientes, respondia emails direcionados a mim e sem ao menos perguntar o que responder.

Levei ao conhecimento do dono da empresa tais atos e como ela não se reportava a mim precisava de sua ajuda. Ele ajudou... nos chamou para acareação......não tive escolha além de expor os fatos. A resposta da que se acha profissional foi..."se não puder responder ao email de um cliente o que faço aqui"....disse-lhe que não só o fato no erro em me atropelar mas também ter respondido sem ao menos conhecer a situaçao dos clientes, as idiossincrasias das relações.

Em meio a calorosa discussão, o dono da empresa endossou o ato da nova profissional. Me levantei da mesa de reunião e disse....."pelo que presencio entendo que as normas e ética da empresa mudaram e esqueceram de me informar, vejo que não tenho mais o perfil e não quero te-lo dentro desse novo formato, assim me desligo agora." levantei peguei meu note e sai da empresa sem nunca mais voltar, é o que quero!

Passado alguns dias ele me convidou a almoçar, fui mas estava contrariada. Educadamente fui rotulada de radical e convidada a realizar projetos pontuais. Recusei o convite e agradeci o almoço.

Soube recentemente que a empresa esta indo bem nos projetos. Penso...mesmo com toda falta de escrúpulo e ética ela leva resultados...é o que todo empresário quer.

Atualmente e em nova empresa esbarro novamente no mesmo desafio......

Será que estou defasada ? Será que escrúpulo e ética são características que denigrem currículos ?

Não tenho duvidas sobre minhas posturas e condutas mas tenho grandes dúvidas sobre minha presença nas atuais gestões empresariais....mas é minha idade o problema!!

o desmame

Em minha vivência como mãe de todas as tarefas que cumpri a mais difícil foi o desmame.

Minha filha hoje nova mãe foi amamentada até 1ano e 4 meses, abandonou meu seio por vontade própria.

Descobri que o termo "desmame" não elucida exclusivamente o aleitamento materno.

Podemos usa-lo quando nossos bebes vão para escola, viajam, estudam fora, casam....a cada passo rumo a vida independente é um desmame.

O desmame é uma grande conquista, nos mostra que cumprimos nosso papel de educadora mas, a tristeza assola nosso ser mãe.

Hoje é um dia que comemoro com muita tristeza...comemoro a vitória de conquistar mais um passo na relação com minha filha e sua independência.

É para ficar feliz? não sei exatamente...vejo nossa sociedade impondo valores que não conjugam com nossos desejos e necessidades. Sempre questiono a antiga frase "quem casa quer casa"....entendo como uma proposta de consumo...a nova casa adicionará ao mercado um novo núcleo consumista.... nas aldeias vivem-se juntos....é exatamente o que precisamos hoje em nossa sociedade.....viver em equipe.

A independência não deve ser associada ao fato de se sair de casa, morar em outro país. A independência é saber que seus filhos conseguem realizar suas funções sozinhos, que aprenderam.

Hoje minha filha sabe que consegue cuidar de seu bebê sem minha presença. Adquiriu confiança  já sabe, só não sabia reconhecer.

Sai de sua casa aliviada mas com vontade de chorar....fechei a porta de sua casa com a certeza que agora serei visita.

quando manter relações....

Nos seres humanos somos uma incognita, acredito estarmos em fase de desenvolvimento. A ciência nos fala que temos desenvolvidos 12% da capacidade de nosso cérebro...logo sabemos o proporcional a isso...concluo..... temos muito ainda a saber.

Com toda essa capacidade mental como falar de relacionamentos....como escolher parceiros; como manter relações com tantas diferenças; por que não separar ou por que manter as relações, quais são os limites...e assim vai uma gama de questões sem respostas....

Mantenho, sim mantenho, uma relação há mais de 37 anos...como isso aconteceu? posso apresentar várias alternativas....amor, paciência, compreensão, amizade, dentre outras...

Minha historia não é convencional....conheci ele na praia no ano que voltava da Alemanha,  em janeiro de 1979....disse onde morava sem ao menos ele anotar....um dia lá estava ele em minha porta.

Casamos três meses depois  em uma grande brincadeira....demos entrada nos papeis no cartório sem contar a ninguém da família. Foram nossas testemunhas amigos de faculdade. Ele engenharia no Mackenzie e eu Psicologia no Objetivo. Ao termino da cerimonia cada um voltou para sua casa e assim ficamos por quase dois anos.....

Só contamos nossa peripécia quando engravidei.....casamos na igreja em junho de 1981, cerimonia que foi cancelada, soubemos que nosso casamento foi invalidado pois seis meses após o casamento do civil  a cerimonia religiosa é diferente, assim realizamos realmente uma festa..uma grande festa para sociedade paulistana saber de meu casamento. De nada valeu religiosamente falando ....ironia de uma sociedade.

Ele é encantadoramente moleque, é a qualidade mais agradável em nossa convivência. A dificuldade surgiu quando tivemos que falar sério sobre a vida...ele espanou e assim segue nos ultimos 37 anos.

Meus filhos tratam ele como "filho" digo que tenho três filhos e cometo incesto com o mais velho....rs

Me pergunto diariamente o motivo de manter esse vinculo por tanto tempo.....respondo a mim mesma....a vida é lógica, colhemos o que plantamos e como nada sabemos sobre quase nada o que me levaria a magoar pessoas por valores egoistas....

Vejo amigas que se separaram e poucas que mantiveram seus casamentos....em momentos me sinto covarde e em outros racional e acertiva......

Quem nos disse que a vida é facil e que tudo será felicidade? do que sei...ninguém!!!

Conversando....

Conversando sobre a vida com minha filha, ela esta com depressão pós parto ou pico de ansiedade como preferirem.

Há mais de 40 dias estou de plantão em sua casa. Havia planejado viajar para descansar de toda tensão, corri o risco de perder a filha e a neta no parto, e voltar a trabalhar em seguida mas nada foi como planejado. Toda vez que planejo minha vida, não acontece. Vou deixa-la ao acaso....

Comecei a trabalhar 20 dias após o bebe nascer, trabalhei uma semana  mas logo tive que voltar ela/filha surtou.....estou em home office na casa dela... Retornaria ao trabalho nesta próxima semana mas a segunda  babá/enfermeira  contratada só vai começar na quarta.....ela/filha não pode ficar sozinha segundo os médicos.....revezo com o pai/neta.......vai dar certo....espero.

Eu e ela estamos aproveitando o período de hibernação e conversando bastante, esta sendo muito bom para nos duas......em uma das conversas sobre a vida  conversamos sobre minha história....o foco era a dedicação aos filhos.

Falei a ela que havia declinado de várias propostas de emprego com carreira e  de grandes oportunidades profissionais para cria-la e ao irmão. Nunca me arrependi, sugeri a ela para ponderar o que fiz, já que me acha modelo, pois hoje tenho ótimos filhos mas estou com problemas econômicos......

Meu plano de vida em criar os filhos já está realizado  e agora quero viver minha vida, me inscrevi nos Médicos sem fronteiras mas fui recusada....adoraria ser egoísta e realizar meu sonho de trabalhar em causas sociais. Falei a ela que estava indo para Inglaterra quando fiquei gravida dela e cancelei tudo, penso em retornar e retomar minhas propostas.

Ser mãe

Minha filha é mãe há 40 dias....esta com depressão pós parto e só me quer a seu lado. Contei com apoio da empresa, abandonei minha casa.....fazendo home office na home da filha.

A bebê entrou na sintonia da mãe dela e chora direto....o bebê chora, a mãe do bebê chora junto..

O excesso de conhecimento nos leva a muitas angustias e no pós parto agrava .... Sua gravidez foi norteada pela pressão alta,  zika virus. Então o bebê teve que vir antes do prazo...foi para uti neonatal....o exame do pezinho deu alteração por engano do laboratório..mãe surtou....

Somando todos os fatos minha filha/nova mãe teve que ir ao psiquiatra....detectou pico de ansiedade e não depressão....menos mal...ao menos achei.

Ela vive me perguntando o que é ser mãe...respondo que ela já sabe o que é.
Impossível descrever o sentimento e a palavra chave para essa vivência é paciência....

Coloquei- a deitada em meu colo,  o bebê no colo dela e disse...."eu cuido do meu bebê e você cuida do teu bebê"....as duas dormiram tranquilamente.....

Quando amar não é o suficiente....um conto

Um conto....

Certa vez uma mulher reencontrou seu primeiro namorado...no inicio passaram um ano juntos, compartilhavam até o tratamento médico mas, acabou....nunca mais se falaram até surgir o Orkut, uma das primeiras mídias sociais, isso aconteceu uns 30 anos depois...ela o achou e ele respondeu.

Houve um almoço que durou quase seis horas, começaram uma nova fase....os dois estavam casados com filhos. Ela não entendia bem o que estava acontecendo mas aconteceu,  se apaixonou. Parecia que ele estava na mesma situação.

Na época, ele morava em outro país, ela achou que intencionalmente ele marcou o almoço para a véspera de sua partida. Ela agradeceu. Se falaram poucas vezes por um ano quando surgiu o segundo almoço. Esse foi fatídico, confirmaram suas intenções...e começaram as trocas...sua volta marcada para o dia seguinte como de hábito estava diferente.....eles se envolveram não só emocionalmente ....outro momento.

Sugiram cobranças pelo desejo, no ápice de sua existência. Ela recolheu, viu sua situação e todas as consequências que viriam se desse continuidade a esse "caso"... Foi radical....falou a ele por telefone.."Paramos por aqui, é melhor. Se algum dia tivermos condições e quisermos ficar juntos conversaremos, não fui e nunca serei amante de ninguém".... ela notou a tristeza dele por sua resposta....era impossível a ele ação tão radical como ela cobrava.

Começou a saga da relação....ele investindo em sua carreira sem nenhuma ponderação a outra forma e ela sem aceitar o fato dele não "querer/poder ficar com ela,  sem também abrir mão..... ele politico e estratégico, ela racional e brava.....lógico que se afastaram...todo o tempo que ficaram afastados surgiam situações onde suas vidas se cruzavam....

Por fatos que ela desconhecia nesses tempos que estavam sem contato chegavam a seu conhecimento pelas vidas cruzadas que ele havia se separado e estava namorando...mas e ela? não foi a escolhida.....

Passam os anos....ela lutando para deleta-lo de suas emoções  mas o sentimento  se mantem vivo...qualquer lembrança ativava sua memória e tudo voltava.

Certa dia ele mandou mensagem dizendo que estava no Brasil e convidou-a para tomar um café....ela aceitou e no caminho de ida parou duas vezes e voltou....mas foi mesmo lembrando de tudo que passou pela falta de compreensão, entendimento dos dois.....não se deram nem a oportunidade da vivência para afirmar que não se queriam. Soube que ele estava indo morar em outro país....ela terminou o café precocemente por medos....se arrependeu e por email se apresentou a acompanha-lo. Ele educadamente recusou por vários motivos plausíveis, inclusive por ela. Ela aceitou o fato e endossou os motivos.

Meses se passaram e como a vida deles se cruzavam sempre ela descobriu que ele havia levado outra pessoa consigo e não ela.....mas porque?

Dez anos se passaram desde o reencontro no almoço de seis horas....ele havia conquistado o tão almejado cargo de sua profissão, ela mandou email felicitando a conquista e novamente voltaram a se comunicar....ele veio ao Brasil, se encontraram e tudo voltou a tona.....confirmaram sentimentos.......e ele se foi...

Ela, hoje sabe...não precisa mais se decepcionar.... ele nunca ficará com ela por ama-la demais...coisas de homens que as mulheres não entendem.....

O fim desse conto?  o amor como todos os poetas declamam sempre termina em lágrimas....

Bebês

Havia esquecido como são os primeiros dias de um bebê. Enlouquecedores, não sabemos se chora por fome, cólica, dor...ou outros motivos.

Estou acompanhando e ajudando minha filha/neta....muito dó! fui as bibliografias e descobri que nada se sabe de concreto dessa fase. Tudo pode ser e todos os profissionais olham e falam que o bebê nada tem...mas pq não para de chorar? ouvimos....pode ser x,y,w,x .....

Estamos há um mês tentando eliminar variáveis para focar no problema e sana-lo...em vão....quando chegamos na última variável outras intervém e ficamos sem saber qual é o real motivo daquele momento...

Olho para minha filha em desespero....ao mesmo tempo vejo que minha permanência acomoda seus sentimentos e parece que se perde ainda mais nas decisões que deve tomar...o que fazer?

O bebê parece ser bravo, impõe suas vontades e cedemos lógico. Imagino o que é ficar nove meses na barriga da mãe e de repente sai e começa a sentir dor, fome, frio, etc....só pode chorar....o colo acaba sendo o salvador da pátria.....mas todos condenam pois pode criar hábitos ruins ao bebê...hábito ruim? carinho, colo, aconchego, acolhimento ? insisto que o colo é o melhor remédio para qualquer incomodo......

Ontem eu era a mãe e ela o meu bebê.......

esperar o resultado

Minha assertividade fica á margem da falta de educação, sei disso.

Uso sempre os discursos ..... quando precisamos explicar/justificar já perdemos a razão.....quando pedimos desculpas já lesamos, nunca aceite as explicações e as desculpas, sugira a mudança da conduta como recuperação dos atos.

Ontem fui assertiva em excesso com o dono da empresa que estou atualmente. Passei muito tempo pensando como me dou esse direito. Me comprometi a controlar esse tipo de conduta....foi em vão.....hoje novamente cometi o erro....para minha surpresa e foi muito agradável ele veio falar comigo pedindo gentil e educado...."não seja tão brava".....

Não sei se posso me definir como "brava" posso ser intolerante a mediocridade humana, sim a média, pessoas que não se preocupam com nada além de seu entorno. O Brasil atualmente conta com profissionais formados pelo resultado que levam as empresas. Tudo por dinheiro. Como se tudo fosse uma grande promoção de fim de estoque....e quando o estoque acaba ficam se olhando para descobrir o que fazer com a empresa. Permanecem em berço esplendido saciados e ao terminar  o movimento da grande sorte da promoção a empresa fecha.........

Angustiada....não sei se continuo ou paro! como me adequar em local onde todos os meus valores profissionais não são compartilhados. Mas será a hora de me reciclar? Serão meus valores realmente certos como sempre acreditei e defendi? ....angustiada.....

tudo de novo, será realmente novo?

Comecei hoje um novo desafio. Hora do almoço e pela primeira vez em minha história profissional tive o desejo de levantar e sair para nunca mais voltar....

Esse fato pode ser um bom sinal,  será esta a melhor oportunidade que já tive levando em considerações as anteriores onde tinha certeza do sucesso ?

Devo ponderar meu momento....fiquei enclausurada em família um mês. Bebê novo, idade, ser avó. Respirando agora profundamente, deixando reciclar, amadurecer esse retorno para poder julga-lo como se deve....sem emoções.

Estou sendo tratada como rainha, titulo merecido mas, noto um certo desconforto nos profissionais da geração Y. Me olham com altas dúvidas sobre minha possível performance. São ambiciosos, sabem fazer seu market share perfeitamente. Em sua maioria são grandes rótulos, capas sem conteúdo. Elaboração? o que é isso mesmo?  Regurgitam livros de auto ajuda e bíblias do marketing global.

As vezes penso que a idade faz isso com a gente...sempre achamos que os mais novos são "incompetentes".... seria uma defesa para justificar nossas fragilidades da idade? acredito que sim ....também.

Independente de qualquer sentimento, realidade, fatos.....vejo que o formato que as empresas trabalham hoje são totalmente ineficientes. Como seria o melhor formato? não tenho ideia....mas sei que atualmente não estão trazendo resultados. Vale o exercício ...

Independente de tudo é o que posso, tenho e preciso neste momento, então vamos enfrente.....

Conversando com meus amores

Meus sentimentos adquirem suas performances pelas realidades de seu foco ou por seus alvos.
Amor de mãe....voluntário, dedicado,
compreensível, abnegado, volátil...
Amor de irmãos.....ciumento, competitivo, sempre parceiro mas convivência ponderada para existir...
Amor parceiro.... compreensão, entendimento, aceitação, respeito... limites...
Amor de filha...dependência, vinculo, porto seguro...
Paciência e calma são fundamentais a todos os amores.
Sou composta por esses amores.....