sábado, 6 de agosto de 2016

O cárcere

Discutindo com minha filha, que já esta no limite de sua paciência por estar em casa há quase 90 dias,  com probleminhas básicos de um bebê, perguntei a ela qual era a diferença entre sua sala na empresa e sua casa? Recebi como resposta um olhar vago....

Saímos todos os dias pela manhã, nos enclausuramos no carro que nos prende no trânsito até nossos escritórios onde ficamos o dia todo enclausurados com problemas que em sua maioria foram criados por pessoas que mal conhecemos e resolvemos, deixando para traz os reais problemas de nossas vidas, a família. Esta sim nos marca para sempre se fecharmos os olhos a ela.
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Tenho acompanhado quase que cada passo do stress de minha filha. Voltei a trabalhar no segundo mês do nascimento do bebê. Estava tudo indo muito bem quando a babá cometeu erros crassos em suas condutas obrigando a ser demitida. Veio a segunda babá, em duas semanas sua filha ficou doente e foi internada, tchau segunda babá......

Conjuguei minha total insatisfação com o atual trabalho e a necessidade de minha filha,  optei voltar a ajuda-la. Me demiti.... voltei.

Ela me questiona constantemente sobre minha atitude. Respondo que tenho imenso prazer em contribuir com seu momento difícil. Já passei por isso e tive muito pouca ou quase nenhuma ajuda. Sei o quão é complicado e sofrido mesmo sendo prazeroso.

Certo dia fui questionada sobre quando essa fase termina, respondi ...."se optar em cuidar de sua filha, só com sua morte. Veja onde estou agora".....

Espero que minha filha volte a trabalhar em breve, digo a ela que a importância de seu trabalho a humanidade é imprescindível e seria muito egoísmo não voltar.

Nossa cultura criou papeis diferentes dos de minha época como mãe nova. Acredito que podemos conjugar o trabalho aos filhos sem comprometer nenhum dos lados.

Temos muito ainda a aprender ......






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